COM “M” MAIÚSCULO
Eu costumava pensar muito sobre a Morte.
Com “M” maiúsculo.
A personificava, para melhor entendê-la.
Afinal, como entender o outro?
Se o outro não está dentro desta carapaça humana que conheço de mim mesmo.
Com isso acabei norteando vários dos meus pontos de vista.
Vivenciei uma vida com vários amigos que partiram desta vida terrena.
Tentei isolar a dor,
E
Para isso
Acabei causando mais dor por onde passara.
Tamanho era o medo de morrer,
Fiquei numa eterna crise de querer viver ao máximo tudo,
Pois bem...
Até entendo meu ponto de vista de ter agido como se não houvesse amanhã...
O único problema?
Agir como se não houvesse amanhã?
Não é o mesmo que agir atraindo o sentimento de que não haverá amanhã?
E por mais que eu não queira admitir,
Esse é um dos sentimentos mais autodestrutivos que já vivi.
Pois viver dessa forma,
Foi viver sem dar brechas pra falhas.
O problema?
Sou humano! E tenho falhas sim!
Viver desta forma...
Me mataram, um pouco, a cada dia.
Provavelmente tenha vivenciado o poema “Da vez primeira em que me assassinaram”
Por isso preciso agradecer ao poeta.
Caro, Mário Quintana.
- Obrigado por salvar,
mais
uma
vez,
este
pobre
jovem
que
quase
foi
afogado...